sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


Mensagem da Quaresma 2015



A conversão, primeiro fruto da confiança na Palavra




Logo no início do evangelho de S. Marcos, aparece o senido da Quaresma:
«Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo:
Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 14-15).
Só o Amor converte e conduz ao arrependimento e à confiança na Palavra de Deus e orienta a relação fraterna sem máscaras, ou seja, faz-nos mais humanos e a olhar olhos nos olhos e coração a coração.

Na Tradição e na pedagogia litúrgica da Igreja, o tempo da Quaresma inaugura com dois elementos da natureza muito expressivos: a água e a cinza.
A água remete-nos imediatamente para a vida, o Baptismo, a purificação; a cinza para a penitência, para o pó, a fragilidade da vida humana e até para o azeite que unge nos sacramentos, porque se recomenda que a cinza seja dos ramos de oliveira benzidos no Domingo de Ramos na Paixão do Senhor do ano anterior.
Estes sinais sensíveis abrem-nos a um caminho marcado por alguns meios se santificação pascal, pessoal e comunitária: a oração, a escuta da Palavra, a lectio divina, o jejum, a abstinência, a caridade e a esmola.
Todas estas formas de penitência se complementam em ordem a «preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavram de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do misterio pascal» (Sacrosanctum Concilium 109).


A Lectio divina, que fazemos em comunidade é coordenada pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional. Cada Segunda-feira da Quaresma, às 21.00h, na Igreja de Nossa Senhora das Graças em Bragança, e neste Ano da Bíblia e da Vida Consagrada que estamos a viver, terá a seguinte articulação:


23 de Fevereiro - Confiados à Palavra
«Confio-vos a Deus e à Palavra da sua Graça»
Leitura: (At 20, 17-32 – Servidores da Palavra)
02 de Março – Ouvir religiosamente
«Fala Senhor que o teu servo escuta»
Leitura (1Sam 3, 1-21 – Igreja, casa da Palavra)
09 de Março – Proclamar com confiança
«As palavras não voltam sem dar fruto»
Leitura: (Is 55, 10-11 – A Palavra de Deus é viva e eficaz)
16 de Março – Viver em comunhão
(na Igreja de Sta. Maria, na novena de S. José)
«A semente é a Palavra de Deus»
Leitura: (Mc 4, 1-20 – Os campos que acolhem a Palavra)
23 de Março – Chamados na Palavra da Graça
«A vossa palavra Senhor é luz para os meus caminhos»
Leitura: (Sl 118, 105-112 – A Palavra, encanto e alegria do coração)




O sentido da esmola que oferecemos é o da abertura aos outros, fruto da nossa oração e renúncia do que é secundário e até supérfluo, para que a nossa conversão pessoal, pastoral e missionária seja mais real e efectiva. É S. Paulo que recomenda:
«Cada um dê como dispõe em seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria» (2Cor 9,7).
Já no Antigo Testamento, a esmola se se recomendava e praticava como meio da verdadeira educação:
«Reparte o teu pão com os famintos e as tuas vestes com os nus. Tudo quanto te sobejar, dá-o de esmola, e não fiques com os olhos postos no que tiveres dado» (Tob 4, 16).


O resultado da nossa Renúncia Quaresmal será dado à Fundação Fé e Cooperação (FEC): A FEC celebra este ano 25 anos de existência ao serviço dos mais pobres nos países de língua oficial portuguesa. Criada em 1990 pela Conferência Episcopal Portuguesa, pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e pela Federação Nacional dos Institutos Religiosos (FNIS) a FEC tem como missão promover o desenvolvimento humano integral através da cooperaçãoe solidariedade entre pessoas, comunidades e Igrejas. Para tal, a FEC aposta no trabalho em parceria e rede apoiando projetos no âmbito da educação, saúde e fortalecimento de parceiros em par􀆟cular em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
O projeto + Criança, para o qual reverterá a renúncia quaresmal, visa apoiar 25 Centros de Recuperação Nutricional da Igreja Católica na Guiné-Bissau. Espalhados por todo o território, em par􀆟cular nas zonas rurais, estes centros acompanham anualmente mais de 50 000 crianças vulneráveis Guineenses através da vigilância nutricional, vacinação e cuidados de saúde primários sendo também acompanhadas e referenciadas situações de risco. O projeto irá reforçar estes centros melhorando infraestruturas e equipamentos assim como proporcionando formação técnica.
Com o projeto + Criança pretende-se ser uma “porta de acolhimento” para as crianças e famílias Guineenses. (www.fecongd.org).

A Quaresma tem o seu sentido na Páscoa de Cristo. Que as obras de Misericórdia que somos chamados a praticar nos consolidem na confiança de Deus e na Palavra da sua Graça. A sobriedade dos sinais exteriores nos enriqueçam interiormente para continuarmos a fazer o Bem, bem feito e que o nosso coração se converta na Palavra de Deus.
Desafiados pelo ideal da globalização da misericórdia e da caridade na Oração, como nos convida o Papa Francisco, queremos participar na iniciativa “24 horas para o Senhor”. Assim, no dia 13 de Março faremos uma corrente de oração em toda a Diocese, das 00.00h às 24.00h, iniciando na igreja de Nossa Senhora das Graças e percorrendo alguns lugares dos 4 Arciprestados para encerrar na igreja do Santo Condestável.

Confiados a Deus e à Palavra da Sua Graça (cf. At 20,32), vos saúdo de todo o coração.

Conselho Presbiteral e Colégio dos Consultores, Bragança, 6 de Fevereiro de 2015.



+ José Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda

«Corações fortes e abertos»

      
"O Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma, provoca a Igreja e o Mundo acerca da globalização da indiferença e exorta-nos com o Apóstolo Tiago: «fortalecei os vossos corações» (Tg 5,8), a fim de sermos ilhas de misericórdia no meio do imenso mar da indiferença humana.

Na Tradição e na pedagogia litúrgica da Igreja, a Quaresma é tempo de renovação e inaugura com dois elementos da natureza muito expressivos: a água e a cinza. A água remete-nos imediatamente para a vida, o Baptismo, a purificação; a cinza para a penitência, para o pó, a fragilidade da vida humana. Estes sinais sensíveis abrem-nos a um caminho marcado por alguns meios de santificação pascal, pessoal e comunitária: a oração, a escuta da Palavra, a lectio divina, o jejum, a abstinência, a caridade e a esmola. Todas estas formas de penitência se complementam em ordem a «preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal» (Sacrosanctum Concilium 109).


A indiferença é vencida pelo Amor. Desafiados pelo ideal da globalização da misericórdia e da caridade na Oração, como nos convida o Papa Francisco, podemos rezar e participar na iniciativa “24 horas para o Senhor” que se realizará em cada diocese nos dias 13 e 14 de Março, como expressão da necessidade da oração e na comunhão da Igreja terrena e celeste.


Todos somos chamados a superar tantas formas de indiferença e dureza de coração. Nas paróquias e comunidades temos de experimentar a unidade e a comunhão, isto é, sentirmos por gestos e palavras que somos um corpo. O corpo tem de cuidar dos membros mais frágeis, pobres e pequeninos.



O Papa Francisco pede-nos para viver a Quaresma, este tempo muito favorável, como um percurso de formação do coração, como já convidava o Papa Bento XVI. Um coração misericordioso não quer dizer que é um coração débil. «Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro». Por isso, arrisca amar com um coração livre, puro, que nem se deixa contaminar com o bem que faz nem com o mal que possa praticar. Aproxima o teu coração ao coração de Jesus Cristo.

O desafio é mesmo viver a partir do coração, como escreve um autor italiano, Erri De Luca: «a capital do corpo humano não é o cérebro, mas o coração, porque de noite o cérebro desliga faz os sonhos que quer, enquanto o coração continua lentamente a bater».


O coração é o lugar do encontro! Felizes os que encontram neste lugar a Paz!
Queres ser um coração forte e aberto? Reza e ama na paz do coração!
Com um abraço fraterno


                                               + José, Bispo de Bragança-Miranda


(Escrito por Pastoral Juvenil. Publicado em Grão de Mostarda)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

40 Dias


A Bíblia usa com frequência o período de 40 dias para criar um ambiente adequado para algo que vai acontecer.

Exemplos:

Elias caminha 40 dias até o Monte sagrado de Horeb;
Dilúvio: 40 dias para purificar a humanidade corrompida;
Moisés: 40 dias no Sinai antes de receber a Lei...

Jesus: 40 dias no deserto antes de iniciar a vida pública...;

Povo caminha 40 anos no deserto, antes de entrar na Terra Prometida. Foi uma experiência de Purificação dos falsos deuses, de Adesão aos Mandamentos e de solidariedade no deserto...









O Profeta de Deus





"O Senhor Deus ensinou-me o que devo dizer, para levar uma palavra de alento aos desanimados.
Manhã após manhã, ele desperta o meu ouvido para que o possa escutar como um bom discípulo.
O Senhor Deus abriu os meus ouvidos e eu não lhe resisti.
Ofereci a minha face aos que me puxavam a barba.
Não escondi o rosto a todos os que me insultavam.
Porque eu já sabia que tu havias de ajudar-me, por isso, tornei o meu rosto resistente como uma pedra.
E sabia que não ficaria envergonhado, porque estás tão perto de mim!
Se tu me salvas, quem poderá condenar-me?
Todos os que amam a Deus escutem a voz do seu profeta.
Se alguém se encontra perdido, tenha confiança em Deus!"






(A luz da Vida, Emrc)















Para rezar com o coração


"Senhor,
tu conheces-me tão bem!

Sabes quando me deito e quando me levanto;
conheces os meus pensamentos à distância
e até te são familiares todos os meus caminhos.

Ainda as palavras não estão na minha boca
e já tu, Senhor, as conheces perfeitamente.

Envolves-me por todo o lado
e sobre mim colocas sempre a tua mão.



É uma sabedoria profunda que não posso compreender,
tão profunda que eu nem sequer a posso atingir.

Aonde irei eu, longe do teu espírito?

Para onde poderia fugir da tua presença?

Se subir até aos céus, lá estás tu;
se descer ao mundo, ali te encontras;
se voar nas asas da aurora,

ou for morar nos confins do mar,

mesmo aí a tua mão há de guiar-me."

(Grão de trigo, Emrc)



Quaresma? o que é isso ?


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015




Oração dos Amigos



"Jesus,
fica perto do meu amigo.

Ele está triste, porque…
e eu não sei como ajudá-lo.


Mas tu, que és bom,
dá-lhe força e esperança,
para que ele não desanime.


Peço-te, Jesus,
que faças feliz o seu coração,
hoje e sempre.


Obrigado pela tua amizade.

Obrigado por seres meu amigo."
(O tesouro, Emrc)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Oração pela família


"Jesus,

Obrigado pela minha família.
O amor que sentimos
Uns pelos outros
Vem de ti.

Peço-te que nos dês paz e união
E também que nos ajudes
Nos momentos difíceis.

Tu também tiveste família:
Maria e José.

Que a minha família se pareça com a tua."

(A Pérola, Emrc)




A Arca de Noé








O Dilúvio e a Arca de Noé

"A Bíblia conta, no Livro do Génesis, a seguinte história: há milhares de anos, tendo Deus verificado que todos os seres humanos se tinham afastado do caminho do bem, fez cair uma chuva muito intensa e prolongada que inundou toda a superfície da Terra — o Dilúvio Universal.

Apenas se salvaram, dentro de uma “arca”, Noé e a sua familia, assim como um casal de animais de cada espécie.
Noé era um homem bom e honesto, por isso Deus poupou-o à terrível catástrofe.
Esta história simbólica pretende dizer-nos que a água teve um efeito purificador e que a humanidade pôde então renascer para uma vida verdadeiramente humana, de acordo com a vontade de Deus.
A arca tambem simboliza a proteção de Deus contra toda a destruição; é uma
espécie de paraíso onde convivem todos os animais numa relação de harmonia com o ser humano.
O arco-íris, que apareceu após o dilúvio, simboliza a aliança de Deus com a humanidade (por isso é que antigamente se chamava arco-da-velha ao arco-íris, por ser o arco da velha aliança)."


(Caminhos de Encontro, EMRC)



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Quaresma


O Tempo da Quaresma é o período do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã. 


É celebrado pelas igrejas cristãs, entre as quais a Católica, a Ortodoxa, a Anglicana, e a Luterana.


A expressão Quaresma é de origem latina, "quadragesima dies" (quadragésimo dia).
 
Correlacionam-se à quaresma, os períodos denominados quinquagésima, sexagésima e septuagésima.

O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal.

Neste tempo a comunidade de fiéis faz a preparação para a celebração da festa pascal, que comemora a ressurreição e a vitória de Cristo depois dos seus sofrimentos e morte.

Esta preparação é feita através de jejum, caridade e orações.


Quarta-feira de Cinzas






A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da quaresma.
Na Bíblia, como na maioria  das religioes antigas, as cinzas simbolizam a insignificância humana.
Diante de Deus, o ser humano é frágil e pecador.
Por isso, a liturgia das cinzas, na quarta-feira, lembra aos fiéis sua condição de  criaturas pecadoras e a necessidade de conversão.
As cinzas que os fiéis recebem, neste dia, é, pois, um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a  assageira, transitória e efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
Na Igreja, na Quarta-feira de cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no  domingo de Ramos do ano anterior.
Uma das frases – no momento da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós:

“Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.”

A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015


São Valentim



"As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações possíveis, umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.

A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no século III da nossa era, em Roma, tendo morrido como mártir em 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II.
Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou foi proibir os casamentos dos jovens!
Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem imperial e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos pares em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.

A lenda tem ainda algumas variantes que acrescentam pormenores a esta história. Segundo uma delas, enquanto estava na prisão Valentim era visitado pela filha do seu guarda, com quem mantinha longas conversas e de quem se tornou amigo. No dia da sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhete dizendo «Do teu Valentim».

Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).

Com a cristianização progressiva dos costumes romanos, a festa de Primavera, comemorada a 15 de Fevereiro, deu lugar às comemorações em honra do santo, a 14.




Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
Com os tempos, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX. Actualmente, o dia de S. Valentim é comemorado em cada vez mais países do mundo como um pretexto para os casais de namorados trocarem presentes."


Natal 2015


No âmbito da disciplina de EMRC, em altura de festa natalícia, realizou-se este ano a 2ª Edição da Exposição de Presépios de Natal, com o objetivo de celebrar o nascimento de Jesus, fomentar a formação religiosa e estimular a comunidade educativa para eventos culturais e envolver a escola com a família e a comunidade.
Assim cada aluno, com a sua família, ao construir um presépio a seu gosto, colaborou no espirito de partilha e de amor.


A Lenda de São Martinho






Era uma vez um menino que se chamava Martinho. O seu pai era general e treinava os soldados do imperador.

Certo dia, Martinho brincava na rua e surgiu uma enorme tempestade. Correu para se abrigar na igreja e lá ficou a ouvir o padre a contar lindas histórias de Jesus. Então, Martinho decidiu viver num mosteiro com os amigos, na pobreza e na humildade.

Num dia, como eles comiam do que produziam na terra, comeram cogumelos venenosos e ficaram muito doentes. O bispo, ao passar por lá e, ao vê-los doentes, deu-lhes leite e ficaram curados. Martinho decidiu regressar a casa e, como era um jovem alto e forte, o pai foi apresenta-lo ao imperador, que o ordenou de imediato soldado. Entregou-lhe uma espada, uma capa e recebeu ordens para ir lutar para França.


O pai vestiu Martinho com os trajes de soldado e explicou-lhe que metade da capa não lhe pertencia, pois servia para ele se lembrar que estava sempre ao serviço do império.
Uma tarde, ia Martinho no seu cavalo a caminho da cidade de Amiens, quando rebentou uma grande tempestade. O vento soprava forte e frio e Martinho aconchegou-se na sua capa quentinha.

Ao chegar à cidade, encontrou um mendigo cheio de fome e frio a pedir esmola. Martinho parou de imediato o cavalo e, como não trazia nenhuma moeda consigo, deu-lhe metade da sua capa para que ele se abrigasse do mau tempo.

Quando Martinho rasgou a meio a sua capa para dar ao pobre homem, naquele momento deu-se um milagre: parou de chover e o sol começou a brilhar com toda a sua força. É por isso que ainda hoje, quando faz sol em novembro, dizemos que é o verão de São Martinho. Martinho era um homem que, por ser bom e generoso, se tornou santo e todos os anos, em sua homenagem, a nossa escola comemora o Magusto, que é uma festa onde partilhamos castanhas.